Na noite de ontem (08), todos os olhos (e ouvidos) dos cidadãos de Maiquinique estiveram voltados para o I Fórum de discussões sobre a segurança pública de nossa cidade.
Na oportunidade Estiveram evolvidos nas discussões em torno da problemática, setores da sociedade civil, órgãos e entidades ligadas à segurança, ao judiciário, e ao poder público.
O objetivo principal dessa iniciativa partiu da necessidade da construção de uma visão de que o combate à violência só é possível através de ações efetivas que precisam ser implantadas no município e também da necessidade da criação de políticas de segurança pública preventiva na área da assistência social, na área da saúde e da educação.
Para a promotora de justiça, Dr. Suzilene Ribeiro, a questão da violência pública em Maiquinique é uma situação que precisa ser resolvida urgentemente, no entanto, esse é um problema nacional e que não acontece somente no município. De acordo ainda a Promotora, a grande dificuldade que enfrentamos hoje é a ausência de um projeto de segurança pública que “proteja esse jovem, proteja esse adolescente, a ausência de uma política social adequada, a negligência da família, um local apropriado para internação provisória dos adolescentes infratores”, ou seja, um local onde o menor possa ficar até que seja concluído o processo que apura o ato infracional, para que ele seja então encaminhado para uma instituição para cumprimento definitivo dessas medidas, e uma melhor estruturação do conselho Tutelar, que hoje encontra-se trabalhando em condições mínimas por conta do abandono público.
De acordo ainda a promotora, está em andamento um plano de ação em relação ao poder público da cidade de Maiquinique. Serão feito TACs (Termo de Ajuste de Conduta) com o prefeito com prazos determinados a serem cumpridos, e o não cumprimento desses termos de ajustes de condutas implicará em ações civis públicas contra a prefeitura. A mesma determinou ainda ao prefeito a contratação no prazo de quinze dias de um psicólogo para orientar e ajudar no trabalho do conselho tutelar.
O vereador Juliano Silveira falou da importância de enquadrarmos as demais secretarias no combate a violência em Maiquinique.
“Todas as instituições de classe estão presentes nesse evento, para juntos discutirmos esse tema, com toda a boa vontade. Mas eu acredito que, falar de segurança pública sem falar de educação, sem falar de esportes, sem falar de cultura, sem falar de lazer, sem falar de medidas alternativas para que as pessoas possam suas mentes e se ocuparem, eu acredito também que será ineficaz... O interessante é fazer com que em Maiquinique essas discussões sejam mais democráticas...”, declarou o vereador Juliano Silveira.
O Pastor Arnaldo cobrou medidas efetivas que visem o combate á violência em nosso município. O mesmo frisou que essa problemática é responsabilidade não só dos poderes constituídos, mas também da sociedade. Cobrou também melhores condições de trabalho para o conselho tutelar, para que este possa desempenhar seus trabalhos de forma mais ativa, e pediu garantias de que aquela discussão não iria se perder no vazio do esquecimento ficando na inércia dos nossos poderes constituídos.
O advogado, Dr. Jesinho Ferreira, debateu o assunto propondo soluções e cobrando dos representantes uma GARANTIA de que soluções seriam adotadas quanto ao combate à violência pública em nosso município. Na oportunidade ele ressaltou a importância de nós, cidadãos e cidadãs cobrarmos dos nosso representantes legais providência e ações para o melhoramento de nossa sociedade.
Dr. Gilmar Pedroso, também advogado, falou acerca da importância de, além de se discutir o problema buscar soluções para o mesmo. Nesse interím, o mesmo ressaltou a importância de se implantar uma guarda municipal efetiva e atuante, e de se levar um policiamento ao distrito de Pouso Alegre a fim de garantir segurança também aquele povoado.
A vereadora Zildete Gama frisou seu discurso na importância de se combater o tráfico e o consumo de drogas, e cobrou mais empenho das famílias na educação de seus filhos.
Assim, a população espera que essa discussão a respeito da segurança pública em nosso município não fique apenas nas discursões do Fórum, mas que evolua para medidas concretas e eficientes de políticas, projetos e programas que visem levar a uma solução a respeito da problemática discutida.