A exploração do café, óleo de baleia, carvão, petróleo que integram os ciclos econômicos da história do Brasil tem como marca a supremacia do capital em detrimento do bem estar da população. Durante o Seminário sobre a monocultura do eucalipto, que acontece em Vitória da Conquista, o professor Sebastião Pinheiro chamou a atenção em sua palestra para a luta contra com capital e a constante luta dos movimentos. “O inimigo não é a Veracel. O sistema é muito mais complexo e exige uma maior formação do povo. É preciso conhecer lógica do opositor para usar as suas ferramentas fazer o combate. Os inimigos são grandes holdings estrangeiras, como o grupo americano Rockfeller que administra 80% da banana cultivada em todo o mundo. Esse mesmo grupo tem parcela do banco central americano e detém a tecnologia para transformar eucalipto em biocombustível. Este é o real interesse do eucalipto no Brasil”, explicou o professor.
O evento trouxe também uma palestra com representantes do Ministério Público Federal, Mário Medeiros, e Estadual, Carlos Robson, além do professor e advogado Rui Medeiros. Eles fizeram um painel sobre as possibilidades de ações populares através dos órgãos legais, bem como uma análise da legislação ambiental existente e as competências legais para esta questão do estado, município e união. Foi unânime a avaliação de que a legislação é falha, quando não inexistente. Em outros casos a lei é facilmente burlada e ainda há as situações em que na elaboração das leis as bancadas (ruralista, evangélica etc) votam por interesse particulares e não populares.
Na noite de quinta, 29/11, os participantes do seminário tomaram as ruas do centro de Conquista para uma passeata, levando o tema do evento para as ruas da cidade. Ao som de músicas, hinos rurais e gritos em defesa da vida a população conquistense parou para ver a caminhada passar. A noite contou ainda com a abertura da instalação artística revelando o lado mortífero do eucalipto.
INFORMAÇÕES; CEAS (CENTRO DE ESTUDOS E AÇÃO SOCIAL)
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