EBDA EM PARCERIA COM CEAS LANÇA CARTILHA SOBRE APOIO A JOVENS AGRICULTORES E PEQUENOS PECUARISTAS DE MAIQUINIQUE E ITARANTIM

Srs. agricultores, jovens agricultores e pequenos pecuaristas de Itarantim e Maiquinique, vejam abaixo os serviços e apoios que a Diretoria Estadual da EBDA, em cooperação com Associações locais e o Centro de Estudos e Ação Social (CEAS) lhes disponibilizam com o objetivo de melhorar a produção e a renda na atividade agropecuária. Essa ação é ainda mais importante porque a VERACEL pretende instalar grandes plantações de eucaliptos nesta região, ameaçando a sustentabilidade socioeconômica, ambiental e a própria segurança alimentar dos pequenos produtores rurais, bem como poderá eliminar um grande número de postos de trabalho. A primeira ação de resistência a esta empresa foi a Campanha por um Projeto de Lei de Iniciativa Popular, já aprovado e sancionado, dificultando legalmente a implantação de eucaliptos em larga escala em nossos municípios. Portanto, é para fortalecer os pequenos produtores frente a esses novos desafios que disponibilizamos as seguintes ações:

1- Implantação de Unidades Experimentais de Palma forrageira (reserva de alimentação de qualidade para a época de seca)

A palma é uma forrageira bem adaptada às condições do semi-árido, suporta grandes períodos de estiagem devido às suas características que resultam em grande economia de água. O rendimento dessa cultura é ótimo para áreas com 400 a 800 mm anuais de chuva. Esta variedade além de resistir às pragas, é mais rica em carboidrato do que a palma gigante e produz aproximadamente 50 raquetes do segundo para o terceiro ano de plantação e se destina principalmente para animais de corte e de leite. Segundo a Embrapa - Semiárido esta variedade pode produzir de 150 a 300 toneladas de matéria verde por hectare produzido, com 7% de proteína.

Disponibilizamos a instalação de Unidades de produção de mudas de Palma, cerca de 800 m², custeada pela EBDA, em área cedida voluntariamente por associação ou produtor, para distribuição gratuita em Itarantim e Maiquinique.

2- Quintais Produtivos para cultivar alimentos agroecológicos (sem venenos)

Os quintais das casas na Zona Rural podem ser transformados em Unidades de Produção de Alimentos, tanto para alimentar a família (hortas, criação de pequenos animais como galinhas, codornas etc.), quanto para se curar ou prevenir doenças, plantando ervas medicinais (cidreira, mastruz, capim santo, pitanga etc.). Este espaço também visibiliza o trabalho feminino, pois na maioria das unidades, as mulheres são quem gerenciam sua produção. Assim, o quintal é também um importante espaço para a segurança alimentar, e, em muitos casos, uma importante fonte de renda das famílias, que comercializam o excedente produzido. A produção em quintais é bastante antiga e tradicional, o que desejamos é melhorar essa prática em nossa região, inclusive, ampliando as plantas cultivadas e protegendo algumas sementes que estão desaparecendo.

3 – Controle Orgânico e Homeopático de parasitas em animais.

A homeopatia é uma ciência desenvolvida há 200 anos. Historicamente a homeopatia vinha sendo realizada em tratamento de humanos. Há cerca de 15 anos este tipo de tratamento também vem sendo realizado em animais. Pesquisas recentes realizadas encontraram medicamentos homeopáticos que controlam a infestação de carrapatos, mosca do chifre, berne, vermes e moscas domésticas em bovinos, provenientes de esterco do gado bovino e de suínos.

O controle orgânico e homeopático representará para o produtor uma redução de seus custos, aumento da produção, dos lucros e melhora na saúde das pessoas (seus familiares, trabalhadores e consumidores). Por isso buscamos fazer, desde já, uma transição do uso intensivo de medicamentos químicos para o método orgânico e homeopático de reduzir e controlar as infestações e doenças que vitimam os animais. Essa transição significa eliminar gradativamente os tratamentos químicos à base de caros carrapaticidas, antibióticos e antinflamatórios, na medida em que formos apropriando do conhecimento necessário.

Essa mudança de método na agropecuária brasileira contribuirá para diminuir o uso de agrotóxicos, que foi de cerca de 900 milhões de toneladas, em 2010, contaminando o solo e água, os animais e vegetais, com efeitos terríveis contra o ser humano.

4 – Inseminação Artificial em Bovinos

A EBDA usará a técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) nas matrizes selecionadas, o cio será estimulado com a utilização de hormônios para a posterior introdução do sêmen. Este processo de sincronização de cio permite que a inseminação ocorra de forma programada e seja acompanhada e executada por técnicos da empresa. A técnica de Inseminação Artificial aceita que haja uma expectativa de 50% de prenhez, confirmada entre 45 e 60 dias após a inseminação. As vacas que não ficarem prenhas são incluídas em uma nova etapa. O procedimento só é realizado após um levantamento e diagnóstico dos animais.

Essa técnica visa à melhoria genética do rebanho em menor tempo, com controle de doenças da reprodução e dados precisos de fecundação e de parto. Outra vantagem que vem atrelada ao processo é a orientação técnica prestada pelo pessoal da EBDA. Cada inseminação demanda cerca de seis visitas às propriedades, quando os agricultores recebem orientação sobre sanidade, pastagem, nutrição e manejo dos rebanhos.

Atenção: a definição das comunidades atendidas e as datas de visitas dos técnicos serão definidas no ENCONTRO a se realizar no DIA 07.12.2012, a partir das 9:00h., no auditório da COOPARDO, em Itarantim. Assim, a sua presença neste dia será fundamental para garantir a inclusão da sua comunidade no Plano de Ação a ser realizado durante os próximos três anos em nossa região.

Portanto, esta é a hora dos pequenos produtores se organizarem para melhorar suas condições de vida, fazendo a transição do pacote químico que domina a agropecuária para um método orgânico, defendendo também nossa região das ameaças representação pela Monocultura de Eucaliptos da Veracel.

Postado em: quarta-feira, 31 de outubro de 2012